Um carro que fala e sente sem que o piloto diga uma palavra
- Marketing Fifi
- 23 de set.
- 3 min de leitura
Imagine um carro que não apenas responde aos comandos, mas que sente, analisa e se comunica com os engenheiros antes mesmo do piloto perceber um problema. Sem apertar um botão, sem falar no rádio. Ele transmite tudo: temperatura, desgaste, comportamento em curva, até variações sutis no desempenho. É como se o carro tivesse ganhado voz e sensibilidade, e estivesse pronto para conversar em tempo real com quem entende sua linguagem. Muito prazer, seja bem-vindo ao mundo do CR7.
Engenharia, tecnologia e espetáculo: os bastidores do CR7 no Sertões Series Tocantins
O Century CR7 é considerado uma das máquinas mais avançadas do rally. Em entrevista, o engenheiro da Baja.Tek (representante da Century Racing no Brasil), Arthur Ranzini, revelou detalhes da rotina de inspeção e manutenção do carro, além de explicar o que diferencia essa máquina dos UTVs e porque o modelo chama tanta atenção na Vila Sertões.
Rotina minuciosa de inspeção
Cada vez que o carro chega ao fim de uma especial, a equipe passa por um processo rigoroso de checagem. Primeiro, o feedback do piloto e do navegador é registrado, apontando possíveis falhas de freio, direção ou partida. Em seguida, os engenheiros analisam os dados eletrônicos, que mostram desde a pressão de combustível até o tempo de troca de marchas.
Mesmo quando não há sinais de problema, a inspeção continua. Rodas são retiradas, torques revisados, chicotes elétricos e chassis inspecionados, além da conferência de fluidos e possíveis vazamentos. Arthur Ranzini lembra que “o rally não permite erro. As especiais são longas, os dias são intensos e qualquer detalhe ignorado pode custar a prova”.
Do UTV ao CR7: mudança de patamar
Arthur descreveu a transição de um UTV para o CR7 como um salto enorme. Enquanto o UTV é mais permissivo e confortável, com suspensão longa e câmbio automático, o CR7 exige outro nível de pilotagem. Segundo ele, “é uma Fórmula 1 do Rally: tem motor arisco, muito torque de baixa, freia forte, faz muita curva e usa câmbio sequencial”.
O engenheiro destacou ainda o impacto no conforto. O CR7 é mais pesado, tem suspensão firme e espaço interno reduzido, principalmente para o navegador. A vantagem é a cabine fechada com ar-condicionado, um recurso raro e importante em competições de longa duração sob calor extremo.
Um carro que “fala”
Outro ponto que impressiona é a quantidade de dados fornecidos pelo veículo. O CR7 coleta praticamente todas as informações possíveis e alerta piloto e navegador em tempo real sobre qualquer irregularidade. Posteriormente, essas informações ficam à disposição da equipe técnica. Arthur Ranzini explica que “o carro conversa em tempo real com quem está dentro e depois com a equipe, através dos dados no computador”.
Design e impacto visual
Além da performance, o CR7 chama atenção pelo visual. O carro é todo construído em fibra de carbono, com chassi de cromo-molibdênio, e utiliza motor V6 biturbo de Audi RS4. Grande e largo, impressiona ainda mais quando visto de perto. Para Arthur, fotos e vídeos não transmitem a real dimensão do carro: “pessoalmente, é muito maior do que parece”.
Síntese
A entrevista com Arthur Ranzini mostra que o CR7 vai muito além da aparência imponente. É fruto de engenharia de alto nível, inspeções rigorosas e eletrônica de ponta. Uma máquina que exige precisão das equipes, impõe respeito aos competidores e fascina o público por onde passa. O novo carro da Fifi Rally Team estará presente hoje, conversando com todos os mecânicos da equipe e com os engenheiros da Baja.Tek, que acompanham tudo de perto. Afinal, o shakedown acontece na tarde desta terça-feira (23), em Palmas, onde Lélio Vieira Carneiro Júnior e Weberth Moreira terão um contato mais próximo com a máquina que vai disputar o Sertões Tocantins.
A Fifi Rally Team conta com o patrocínio de Rafatella Investimentos, BCJ, Ritzy Incorporadora e Asarock Asset Management, Cash Cash, além do apoio da Billionaires Miami, Happy Capital, CBDI, Fralle, Dub Boyz, DSX e Gasomix.

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